Reflexões Sobre o a Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa.
O ensino da língua materna se faz fundamental uma vez que, a partir dele é que criaremos condições para ler o mundo, ou seja, o aluno que tem uma boa leitura e uma boa interpretação, além de, é claro, uma boa escrita, estará mais bem preparado para toda a vida acadêmica.
Já o professor deve utilizar múltiplos recursos para atender as necessidades de seus educandos, desde “as tecnologias de anos de magistério” às mais novas tecnologias. Entre elas o quadro (negro ou branco), o livro didático, cadernos pedagógicos, CD’s e DVD’s(com músicas e/ou histórias para interpretação) e, caso tenha a oportunidade, precisa estar atualizado para fazer um bom uso do laboratório de informática com jogos pedagógicos em rede, entre outras coisas como produção de textos.
Então, para o sucesso da relação ensino-aprendizagem a didática tem presença obrigatória. Através dela, técnicas importantes como o estudo dirigido, a recapitulação diária, os jogos pedagógicos individuais e/ou coletivos e o caderno dirigido auxiliarão o docente no desenvolvimento das habilidades dos educandos. E, se esses apresentam novas habilidades no decorrer do processo de aprendizagem, é consequência de um ensino bem feito. Por outro lado, o educador que não apresenta domínio eficaz dos conteúdos a lecionar, pode marcar para toda a vida o discente que sofrerá sérios danos por causa de um ensino mal feito.
Entre várias outras soluções, um bom projeto interdisciplinar pode preencher algumas lacunas acumuladas em nossos alunos pelo decorrer do processo de ensino. Melhor ainda se esse projeto tiver como tema o “Novo Acordo Ortográfico” (mudança na escrita de alguns vocábulos da Língua Portuguesa e não mudança na Língua). E, para isso, não há justificativa melhor que o “frio na barriga” que sentimos ao perceber que muitos de nossos estudantes querem esperar “2012 chegar” para iniciar os estudos relacionados ao tema. Logo, precisamos, desde já, de mais atenção com a expressão escrita (que sofre alguns ajustes por conta do novo acordo). Porém, as palavras serão pronunciadas da mesma forma, não havendo assim alterações na expressão verbal. Mudança nenhuma também não acontecerá com a linguagem não verbal. Essa que se manifesta por placas, objetos, gestos, cores e sinais continuará nos ajudando a entender as situações cotidianas.
Lembrando que, não podemos abordar o tema “Auxilio Interpretativo” (que a linguagem verbal nós fez lembrar) sem citar os tipos de conhecimentos. São informações guardadas ao longo da vida que nos permite ver ou identificar objetos e situações previamente. Chamamos isto de Conhecimento Prévio. Ele pode ser dividido em Conhecimento de Mundo (que é adquirido informalmente e compartilhado por indivíduos iguais em cultura), Enciclopédico (aprendido formalmente), Textual e Lingüístico.
O conhecimento Prévio, a meu ver, é base para os “Quatro Pilares da Educação” definidos pela UNESCO em 1990. Os quatro Pilares que devem ser alicerce para toda vida são: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser. Todos os pilares são de grande destaque, porém como a educação é produto social para socializar, podemos destacar como fundamental o - Aprender a Viver Juntos. Ao lembrar que ninguém faz nada sozinho veremos que atividades em grupo dentro e fora da escola devem ser cada vez mais estimuladas.
Mudando de foco sem sair do assunto, pensando em linguagem cifrada digo que ela pode ser grande aliada dentro dos espaços de aprendizagens, principalmente os de Língua Portuguesa. Pois quando conseguimos partir da realidade dos alunos facilitaremos a aprendizagem deles. Contudo, se esse discente não tem uma sólida base familiar, uma boa alimentação, mínimas condições para a vida humana ele é desfavorecido em relação à eficácia do aprendizado. Esse aluno pouco conseguirá atentar-se para a importância que a leitura tem para o seu desenvolvimento.
Carlos Carvalho
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