segunda-feira, 4 de julho de 2011

Resenha do livro Adeus professor, Adeus professora de José Carlos Libâneo.

Resenha sobre tecnologia, formação e ação docente.

O avanço desenfreado da ciência e tecnologia exige do professor uma constante atualização diante dos sistemas usados atualmente na educação nacional.  Grande parte dos órgãos responsáveis pela educação no país são totalmente informatizados, obrigando os profissionais da área a buscar capacitação constante para manter a participação ativa dentro do processo uma vez que é preciso ter acesso à internet para acompanhar a velocidade da informação hoje.
Desse modo, a separação de classes se evidencia novamente pelo poder do capital. Pois, é preciso investir financeiramente numa qualificação que a escola pública não oferece. E isso, traz a importância de repensarmos na dialógica informação/conhecimento e, logicamente, na ação docente, na relação professor/aluno dentro dessa “nova sociedade”.
 Sabemos que ambas as classes almejam uma educação de qualidade, tanto a classe que detém o capital quanto à classe trabalhadora. E do ponto de vista democrático, as oportunidades devem ser iguais e de responsabilidade do Estado. Partindo desse princípio, o Estado tem a obrigação de garantir oportunidades igualitárias de acesso a educação e cultura. O que nos  leva a uma análise crítica do nosso foco que é o dever do Estado em relação a formação geral e a capacitação continuada do profissional docente frente às novas tecnologias que interferem na educação. E essas interferências acontecem,  formal ou informalmente, criando condições para o analfabetismo digital crescente,  principalmente na nossa área de trabalho onde toda mudança é naturalmente lenta por inúmeros motivos. Logo, precisamos de orientações que cortem o conservadorismo exacerbado de nossos docentes, atualizando esse perfil, preparando-os para essa contemporaneidade educativa.
Com isso, queremos dizer que a escola de hoje não pode despejar inúmeros conteúdos  em nossos alunos, é preciso reavaliar para mudar de fato, todos precisam acompanhar esse desenvolvimento. E devemos começar pela forma  de avaliar, tanto os profissionais quanto os alunos, rever o currículo, a organização dos conteúdos, rever tudo que se faz necessário para que essa ação docente possa ser trabalhada da melhor forma possível diante da “sociedade da informação”, quais teóricos, quais pedagogias poderão se identificar com a situação do momento. Sabemos que a ação do professor, seu papel em quanto orientador da aprendizagem, e transformar a sociedade da informação em sociedade e do conhecimento. E como fazer isso?
Com uma boa base para esse agente da educação. E essa boa base hoje é ampla, vai além das tendências pedagógicas. E não pensem que as tendências não são importantes, pelo contrário, agora é de suma importância que a tendência seja estudada parte a parte, para melhor compreensão da didática. E  as práticas educativas que acompanham esse processo estão baseadas em tendências de cunho emancipatório. Essas tendências têm o foco dialógico, na cumplicidade dos sujeitos do processo de ensino. Por isso, precisamos, também, de um novo olhar cultural, o respeito às diferenças, um mínimo de capacitação tecnológica, pois nenhum professor pode ser analfabeto digital. E por outro lado as coisas precisam ser explicadas, no caso do computador, por exemplo:
O docente precisa saber que é uma ótima ferramenta para o avanço da educação em todas as esferas. Só assim ele se dará conta de que é um processo que pode ser benéfico. O que acontece na maioria dos casos é a crítica sem o conhecimento, sem saber o que as tecnologias de fato podem nos oferecer. 



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