A primeira é socialização – preparar o indivíduo para a vida em sociedade
baseado nas ideias de Emile Durkheim. Outra função,
a cultural, consiste em passar aos indivíduos
tudo aquilo que pode ser ensinado. Convém lembrarmos que tal função não é
desempenhada somente por instituição formal de educação. Instituições não formais
como igreja e família (primeiro contato social do indivíduo) também desenvolvem. E a
sociedade do capital dita a função seletiva
da escola. Separando os estudantes em grupos com bons rendimento e grupos sem
rendimento escolar, deixando a escola
assumir seu papel de reprodutivista social. Nesse sentido, a instituição de
ensino carrega desigualdade e injustiça social para dentro de si. Assumindo
seu caráter antidemocrático, objetivando a formação do cidadão dócil, operário.
Logo a escola está diante da dualidade, da contradição, vivendo
seu desafio. A contradição e o desafio
da escola:
Primeiramente, a escola atual tem
por ideologia transformar, emancipar, libertar. Ela quer o educando com autonomia e liberdade para
exercer a prática política. Encontramos tais propostas nas Diretrizes Curriculares da Educação . Mas a mesma escola tem a função de produzir a mão-de-obra, o
trabalhador submisso, seguindo as regras ditadas pelo capital.
O dualismo escolar: Espaço
x ambiente
Onde o espaço/local é de
transmissão de conteúdos, o espaço
tradicional, o local disciplinador. Já a escola como ambiente consiste no
espaço de transformação do indivíduo promovendo experiências para criação de
rupturas pois “a educação é
uma atividade onde professores e alunos mediatizados pela realidade que
apreendem e da qual extraem o conteúdo da aprendizagem, atingem um nível de
consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de
transformação social”. (LIBÂNEO, 1985:33). Tal ambiente tem
participação democrática, permitindo a diversidade e incluindo a comunidade.
Função compensatória da
escola – Sozinha, a escola não é capaz de eliminar a injustiça e a
desigualdade social. Todavia, pode compensar as dificuldades individuais, uma
vez que ela ofereça educação de qualidade – para equidade. Tratando diferente o
desigual para que ele se torne igual. Seguindo sempre a lógica da diversidade.
Reconstrução do Conhecimento e da
experiência – diante desse ponto de vista a escola trabalha para que o educando
transforme, renove o seu pensar e agir. Transformando o ser acrítico em
crítico, dependente em autônomo, sendo eles – escola-discente-docente - mediadores da relação aluno-conhecimento-
realidade social.
Fontes e referências:
ALMEIDA, Vinícius Reccanello. Função da Escola. Disponível no site <https://www.youtube.com/watch?v=7Vsb6LT6MPw> . Acesso em 2/5/2015.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. A Pedagogia Critico Social dos Conteúdos. Disponível no site: <http://pt.scribd.com/doc/6641625/>. Acesso em 2/5/2015.
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