sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

M&L e Xavier : Vlw, valeu geral q chegou junto em 2019 !




Ano de 2019 chegando ao fim. Nós, aqui do Música & Letramento, não podemos deixar de agradecer a quem de alguma forma entendeu qual é a do desenrolo, se ligou no nosso trampo e chegou junto, fortaleceu para que pudéssemos colocar o papo reto na pista com atividades em cidades como Nova Iguaçu, Mesquita, Resende, Paracambi, Paraty, Rio de Janeiro, Belford Roxo, Queimados, Duque de Caxias e os demais municípios nos quais passamos.  

Agradecemos a “parceragem” inclusive por saber que o  inicio e o decorrer desses 365 dias  foram de acirramento das tensões para quem tem compromisso, comprometimento com educação, cultura e sociedade.

 Deixamos aqui um valeu grandão pra  vocês colaboraram muito na viabilização de atividades tais como: 
  • BATE PAPO COM O AUTOR E MOMENTO DE AUTÓGRAFO
  • RODA DE CONVERSA
  • OFICINA DE PERCUSSÃO
  • M&L SHOW
  • ESCOLA DE FUNK
  • PALESTRAS


E fica também o mesmo valeu grandão pra quem chegou junto adquirindo livros, camisas e bonés, convocando a gente pro papo (e compreendendo a importância e o compromisso da contra partida), doando instrumentos ou fazendo as várias paradas de uma vez.

Por isso, relembraremos aqui um pouco do que vivemos, lutamos  juntos durante  2019.
Valeu galera!!!


INSTITUTO IRAJÁ - ZONA NORTE DO RIO - FEVEREIRO 
Momento de muita troca e "provocação pedagógica" em Irajá. Em uma das primeiras reuniões de profissionais da unidade no ano, momento de preparação o Música & Letramento levou pra discussão o questionamento : Qual é o papel da escola e dos educadores diante de uma sociedade racista? 

Valeu a troca !

ESCOLA AQUARELA - PARACAMBI - FEVEREIRO 

Muito produtiva foram as atividades em Paracambi no mês de fevereiro. Aconteceu o M&L Show e em seguida um bate papo com duas turmas de sétimo ano e o autor Carlos Carvalho sobre questões da nossa sociedade racializada. Deixamos aqui nossos agradecimentos para a pedagoga Ana Paula e a garotada da Escola Aquarela! 

KEKERÊ - LAPA - RIO DE JANEIRO - MARÇO 

Convidados pela amiga Flavia Lopes, uma das organizadoras do evento de contação de histórias negras que aconteceu numa tarde de domingo no Centro Afro de Cinema Zózimo Bulbul, na Lapa,  nossa equipe contribuiu musicalmente com contação de histórias, oficina de ritmo e cortejo infantil com músicas autorais do projeto Música & Letramento e do projeto Nana & Nilo (de Sandro Lopes e Renato Nogueira). 

Agrademos a parceria! 

CRAS TERRAS DE MARAMBAIA - NOVA IGUAÇU - ABRIL
Convidados pela FENIG, na cidade de Nova Iguaçu, nossa equipe desenvolveu a contação de histórias do livro Xavier e em seguida o público bateu um papo com o autor Carlos Carvalho e os músicos Davi Sales e Ricardo Karvalho .

Obrigado!

E.M. METODISTA - QUEIMADOS - ABRIL 
Teve Escola de Funk com passinho, cantos e toque de tambores, teve contação da história do livro Xavier, teve apresentação de instrumentos de percussão, histórias de faraós e muito mais no Teatro metodista convidados pela gestora Ana Cristina. 

Valeu grandão galerinha, gestão e grupo de profissionais !!!


SARAU DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE SÃO JOÃO DE MERITI - ABRIL
Agradecendo e atendendo ao convite do amigo e escritor da Academia de Letras e Artes meritiense Ney Santos, o autor Carlos Carvalho participou do Sarau lançando o livro Música & Letramento - literatura afro-brasileira. 


 E.M ALAN KARDEC - QUEIMADOS - MAIO
Após chamado da coordenadora pedagógica Cidinha, rolou palestra, momento de autógrafos dos livros Xavier e Música & Letramento - literatura afro-basileira além de conversas informais com profissionais da educação sobre a lei  10.639/03 e seus efeitos em dias atuais. 

Depois disso, no mês de novembro, fomos novamente convidados. Dessa vez para realizar a atividade M&L Show com as crianças. Ao término da atividade o estudantes fizeram homenagens ao autor Carlos Carvalho lendo e cantando textos do livro M&L - Literatura Afro-brasileira ! Agradecemos a professora de Sala de Leitura do turno da tarde por acreditar no trabalho da garotada e agrdecemos também aos estudantes e todos os profissionais de educação da unidade escolar. 



ELIZO - ENCONTRO LITERÁRIO DA ZONA OESTE - PADRE MIGUEL - MAIO
 Na ELIZO participamos de uma mesa sobre literatura afro-brasileira atendendo ao convite de amigos escritores da Zona Oeste do Rio. Além disso, rolou também momento de autógrafos! A atividade contou com a presença de vários escritores de muitos cantos da cidade! 
Obrigado!

FEIRA DO LIVRO DE RESENDE – JUNHO
 Na FLIR - Feira do Livro de Resende - nossa equipe deu entrevista sobre o projeto, participou de roda de conversa sobre literatura negra junto da poetisa e autora Vanda Maria Ferreira e fez a contação de história do livro Xavier. 
No dia seguinte o autor Carlos Carvalho mediou uma mesa de conversa com o autor Gabriel Sanpêra e com as escritoras  Eliane Alves Cruz e Luciene Nascimento. 
Obrigado!
CIEP CONSTANTINO REIS –  BELFORD ROXO – JUNHO
Convidados pela Divisão de Leitura da Semed Belford Roxo fizemos a contação de história do livro Xavier e um pouco da dinâmica do Escola de Funk com estudantes de várias escolas na quadra lotada do CIEP. A garotada chamou no passinho, na voz... 
Foi funk!!! Valeeuuu!

E. M. DEOCLÉCIO DIAS MACHADO – MESQUITA – JUNHO
Na cidade de Mesquita aconteceu uma roda de conversa com profissionais da educação sobre branquitude, racismo e o Escola de Funk. Convidado pela professora e  Debora Silva o autor Carlos Carvalho levou para a troca com o grupo bases teóricas, trabalhos de pesquisas dos professores Richard Santos(Branquitude e Televisão), Muniz Sodré(Pensar Nagô), entre outros textos balizadores do trampo, da caminhada do M&L.  Nesse dia o autor foi surpreendido pelo grupo, pois as profissionais convidaram  um estudante  para fazer a leitura do livro Xavier !  
Agradecemos a troca!

E. M. KERMA MOREIRA FRANCO – AUSTIN – NOVA IGUAÇU – JULHO
Nossa equipe foi muito bem recebida pela professora Jessica Martins Ferreira, responsável pela organização da atividade na unidade escolar. Antes de iniciar nosso trabalho com a atividade M&L Show, fomos surpreendidos com uma linda apresentação dos estudantes da turma da prof. Jéssica que coreografaram a música Salve a Mãe Natureza do MC Jt Careca. Após a demostração das crianças e a atividade do M&L Show fomos convidados para um bate papo com estudantes e comunidade escolar. 
Muito obrigado! 

FLIP PRETA – QUILOMBO DO CAMPINHO – PARATY – JULHO
 No Quilombo do Campinho a garotada cantou, dançou, trocou informações e tocou instrumentos a partir da atividade M&L Show. Agradecemos o empenho e esforço da professora Rita Moraes que nos contactou e também nos recebeu muito bem! E não podemos deixar de agradecer a criançada que chegou junto na troca de energia! 

E. M. PRISCILA BOUÇAS – BELFORD ROXO – JULHO 
 Dia de troca de ideias sobre racismo, branquitude e educação na comunidade do Castelar com profissionais da E.M. Priscila Bouças, atendendo um convite e agradecendo a recepção da diretora Andrea Leite e de toda sua equipe de gestão. Obrigado por proporcionar tal troca ! 

FLIPA – PARACAMBI – AGOSTO
 Na FLIPA participamos do sarau com textos do livro M&L - literatura afro-brasileira e da roda de conversa com outros autores e autoras falando um pouco também sobre o Xavier, a atividade nas unidades escolares. Obrigado a Ana Paula, Adriana e toda equipe que cuida da FLIPA - Paracambi! 


CIEP THOMAS JEFFERSON – RIO DE JANEIRO – SETEMBRO
Aqui agradecemos a professora Jessica Fernandes por nos dar a oportunidade de trocar ideia sobre racismo com a galerinha do CIEP de Realengo. A troca foi muito boa. Conversamos sobre religiões, preconceito, racismo, branquitude...   A galerinha colocou bem situações de vivências que ilustravam os conceitos abordados. Após a conversa fomos para a oficina de percussão com o grupo. Aí entrou em cena o Escola de Funk (com um pouco da história do gênero, de Mcs, trabalho com o ritmo e com a rima). Valeu grandão galerinhaaaaaaaaa e professora Jéssica!

CASA DA RUA DO AMOR – RIO DE JANEIRO – SETEMBRO
 No Rua do Amor, nº 3, Santa Cruz, aconteceu um Workshop com troca de ideias, conceitos e práticas de instrumentos afrodiaspóricos, falando de ritmos do Rio de Janeiro. Levamos a reflexão sobre o conceito de letramento e a relação racializada na história da música carioca. Agradecemos o convite da direção da Casa a Rua do Amor ! Valeu Rodrigo! 

CASA COM A MÚSICA – GRUPO UJIMA – SETEMBRO
Com o grupo Ujima o trampo foi falar de Ritmos Afrodiaspóricos com a galera que esta em permanente formação para contação de histórias. Valeu Sinara Rúbia, Maíra Oliveira e as demais participantes do bonde pela possibilidade de troca ! 

CIEP 113 – COMENDADOR SOARES – NOVA IGUAÇU – SETEMBRO
A diretora Ruth Brasil da Silva enviou para nossa equipe um convite para participarmos da atividade Papeando com os Autores no Ciep 113. E lá fomos nós colocar o Escola de Funk na pista e trocar ideia com adolscentes da unidade escolar. A galerinha ilustrou bem o papo com algumas perguntas e relatos vivências. Aqui fica o nosso muito obrigado para todos que nos receberam muito bem! Tmj!
Valeu diretora Ruth! 

E.D.I ANNA DE BARROS - COELHO NETO - RIO DE JANEIRO - OUTUBRO
Estivemos também no mês de outubro no Espaço de Desenvolvimento Infantil Anna de Barros, na Zona Norte do Rio. Lá, convidados pela diretora Wanda e pela coordenadora Sharlene, nossa equipe trabalho uma oficina de cofecção de instrumentos musicais com materiais reutilizáveis. 
A garotada fez e tocou seus instrumentos. A oficina funcionou com a equipe indo de sala em sala e dando 25 minutos de confecção de instrumentos e aula de ritmo. No final da tarde todas as turmas tocaram e cantaram juntas no pátio da unidade escolar com um nível de concetração muiiiito bom. Nossa equipe, nós daqui do M&L agradecemos muito a oportunidade de fazer esse som com a criançada!!! 

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RANGEL PESTANA – NOVA IGUAÇU – OUTUBRO 
Mais uma vez o Escola de Funk partindo para Nova Iguaçu, dessa vez convidado pelos estudantes do IERP. Troca boa sobre os conceitos de racismo, branquitude, história do funk, práticas escolares e fundamentação teórica...  Papo muito bom !
Obrigado galeraaaaa! Valeu profª Adriana que deu um suporte na atividade com xs mais de 300 estudantes !!!

E.M. ROTARY – SANTA CRUZ DA SERRA - DUQUE E CAXIAS – OUTUBRO
 Pela primeira vez em Caxias, fomos para Santa Cruz da Serra, Escola Municipal Rotary, muito bem recebidos pela equipe de docentes e profissionais de educação da unidade escolar. Ao conhecer a proposta da primeira Feira Literária do espaço educacional, proposta criada de um incomodo em relação a impossibilidade de ir para a Bienal do livro ficamos encantados em ver todo o trabalho desenvolvido naquela unidade e felizes de poder fortalecer o trampo da escola nesse sentido. Na parte da manhã, fizemos a contação de história do livro Xavier e o M&L Show! Já na parte da tarde rolou o Escola de Funk com a garotada do Fundamental 2. 
Vlw galerinhaaaaaa e todxs xs profissionais de educação da Rotary !!!

VIRADÃO SUBURBANO – CASCADURA – RIO DE JANEIRO – NOVEMBRO
Convidado pelo irmão e escritor Philippe Valentim nosso bonde chegou pra fortalecer e ser fortalecido pela atividade do Viradão da ZN, do subúrbio, RJ. Lá trocamos ideias com vários autores, autoras e projetos. Dentre eles, destacamos aqui As Pretinhas Leitoras. Quem ainda não conhece essas meninas dá uma busca no insta ou facebook. Ah! Aproventem e vejam também o nosso @musicaeletramento. Ah acessem também o livro Favela Em Mim da editora Oriki e do Ilustrador Cau Luis com vários irmãos  e irmãs faveladxs escritorxs! 

Muito felizes em participar do primeiro momento do Viradão Cultural Suburbando. Que esse projeto cresça! Valeu mano veio Philippe ! TMJ! 

E.M. BOLÍVIA – MORRO DO JURAMENTO – RIO DE JANEIRO – NOVEMBRO
Atendendo a convocação para revisitar uma escola em que já estivemos em 2012 com o Escola de Funk e 2017 com o M&L Show, fomos ao Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio de Janeiro para trocar uma ideia com a garotada e profissionais da educação sobre racismo, história negra no Brasil através do som do funk, do rap, do samba...   Da música afro-brasileira com o M&L Show! A galerinha, cantou, dançou, tocou instrumentos, atuantes, surprendentes...
Valeu muiiiiito E.M. Bolívia !!!
CRECHE E PRÉ-ESCOLA PINTINHO AMARELINHO – BELFORD ROXO – NOVEMBRO
Através do contato da professora Jurema Rufino chegamos mais uma vez em São Vicente, na Creche e Pré escola Pintinho Amarelinho. Muito bacana a oportunidade de trocar um som com a criançada do berçario e as demais crianças e profissionais de educação. Fizemos também a contação de história do Xavier e um bailinho com a molecadinha!!!
Muito obrigado ! 
LER – BIBLIOTECA PARQUE - CENTRO DO RIO – NOVEMBRO
Fizemos nossa participação, provocação pra quem passou pela LER. Evento voltado para literaturas que de uma forma geral nos faz refletir, pensar na participação ou não de um espaço tal qual uma vez que nossa pegada de trampo está mais articulada com instituições escolares. Sem essa de ocupar espaços, ligados, ligeiros, sabendo onde estamos pisando, fomos! 

Agradecemos a troca com o público presente e o convite do amigo Juca Ribeiro!

E.M. CRUZEIRO DO SUL – MESQUITA - NOVEMBRO
A equipe chegou em Mesquita sendo muito bem recebida pela professora Talita e a equipe de gestão da E.M. Cruzeiro do Sul. Após a recepção organizamos a cena e recebemos a criançada para iniciar as atividades do M&L Show. E assim foi. Falamos do rap, do samba, do pagode, fizemos a contação de história do livro Xavier, contamos um pouco de história do Egito, apresentamos instrumentos afro-brasileiros e africanos. E na parte da tarde com o Fundamental 2 falamos mais do projeto Escola de Funk. O público cantou energizado a música Identidade do compositor Jorge Aragão, na levada do Ijexá, ritmo nigeriano que chegou ao Brasil através das religiões de matrizes africanas. 

Muiiiiiiiito obrigado E.M. Cruzeiro do Sul !

E.M. EUCLIDES ROXO – BARRA DE GUARATIBA  - NOVEMBRO
Convidados pela professora de artes Priscilla Corrêa chegamos no bairro de Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Lá o M&L Show foi energizado com uma criançada vibrante falando sobre samba, pagode, rap, funk, histórias do Egito, conhecendo instrumentos afros e participando da contação de histórias do livro Xavier. Ao término da atividade rolou o momento de autógrafos para a molecadinha. Foi muito bom poder sentir nos olhares a troca e contribuição do nosso trampo nas atividades já desempenhadas pela professora Priscilla.
Muito obrigado genteeeee! 

CURSO AÇÃO – CAMPO GRANDE – RIO DE JANEIRO – DEZEMBRO
Convidado pela coordenação e gestão do Curso Ação, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Música & Letramento chegou com a palestra(no detalhe da sala arrumada na foto antes do texto) de mesmo nome, abordando práticas do processo nesses quase 10 anos de vivências educacionais trazendo junto parte da base teórica. Foram discutidas bases importantes como o ECA, a LDB e autores tais quais Brandão, Paulo Freire, Muniz Sodré e outros teóricos de música e educação. 

Valeu Curso Ação !!!














quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ESCOLA DE FUNK NO CIEP 113 - Comendador Soares


Vários desenrolos com essa galera do CIEP 113 em Comendador Soares - Nova Iguaçu, na sexta (20/09). Teve o olho no olho, o papo reto, o desenrolo sobre o sistema de opressão, o racismo institucional, a abordagem sobre o mito da democracia racial, a representatividade na literatura, na música, o embranquecimento, a criminalização, eugenia, fatos e dados históricos, genocídio preto, sistema prisional...


Perguntas do tipo "quando você começou você pensou que estaria aqui?" Ou sobre o ritmo binário e origens do samba, questões sobre o preconceito racial nos gêneros musicais funk e samba e o que o racismo acarreta na vida de funkeiros e sambistas em tempos atuais...

Mas, além disso teve também o conhecimento sobre a história dos ritmos e dos instrumentos. Teve corpo balançando ao som do maculelê, teve a garotada na boa batucada finalizando e ratificando tudo que já havia sido dito e sentido. Energia, axé, funk, samba, afoxé...

VALEU GALERA!!! TMJ!
Vamos trocando!

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

XAVIER E ESCOLA DE FUNK NA FLIR (E.M. ROTARY) - CAXIAS



No dia 18/10/2019  o trampo foi na E.M. Rotary em Santa Cruz da Serra - Duque de Caxias - RJ. Participação da equipe M&L na FLIR - Feira Literária do Rotary 2019.

O primeiro momento da atividade com estudantes do fundamental 1, foi de música e contação de histórias trabalhando a cultura negra, a representatividade na literatura e nos brinquedos. E também não poderia faltar o destaque do momento #escoladefunk ressaltando a história do gênero musical que é de gosto da maioria do público presente. Tivemos ainda durante a contação e as músicas informações sobre o combate ao racismo na sociedade.


Na parte da tarde estudantes do fundamental 2 participaram do bate papo com autor e da oficina #escoladefunk. A oficina começa trazendo um pouco da história do músico e professor Carlos Carvalho que conta a história do funk no Rio de Janeiro e a relação com o racismo. O professor faz um paralelo entre o funk e o samba com referências que utilizou na sua pesquisa sobre funk e racismo.

Estudantes e professores trouxeram perguntas, questões que foram colocadas no bate papo enriquecendo e fortalecendo a intenção da conversa na orientação de uma prática antirracista.

A equipe do M&L agradece muito o convite, o cuidado e o respeito da equipe de educação e de todos os estudantes, da comunidade escolar da E.M. Rotary.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

VIRADÃO CULTURAL SUBURBANO 2019


Davi Sales, Boneco Xavier(no centro), Carlos Carvalho.

O primeiro Viradão Cultural Suburbano foi fora do comum. Ficamos muito felizes com a oportunidade de troca, de conhecer novos parceiros e de rever antigos irmãos de luta. Convidada pelo amigo Valentim  a equipe do M&L atendeu de pronto e partiu pra fortalecer e ser fortalecida na programação do dia 9/11/19 no Suburbô. 



O dia começou com um bate papo com as meninas Eduarda e Helena Ferreira, do canal Pretinhas Leitoras. As meninas explicaram o projeto que nasceu no morro da Providencia e responderam perguntas ao público. Na sequência trocamos uma ideia com a galera sobre os caminhos do Música & Letramento e do Xavier !

Cau Luis, Daniel Brasil, Carlos Carvalho. 

A programação seguiu com várias mesas e lançamentos como o do livro Favela em Mim do irmão @cauluis, do poeta Daniel Brasil e dos demais poetas favelados, entre várias outras paradas !

Sobre o Viradão Cultural Suburbano e a possibilidade dos encontros. Só troca boa! Muito obrigado mano Davi Sales! Muito obrigado irmão Philipe Valentim pelo convite! Tmj sempre! Valeu @pretinhasleitoras pelas aulas! Agradecemos também ao irmão Flávio Braga que admiro muito pelo cuidado e carinho com o projeto.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

EUGENIA E MONTEIRO LOBATO. A literatura como instrumento do racismo no Brasil.


Sabe o Lobato? Maior zé vacilo! Racista de mão cheia! Acha que é caô?

Ah! Pode crer! Posso ser só mais um querendo aparecer. Blz! Mas, então desenrola aí com o que o próprio Lobato Escrevia. E se depois disso vier com papo de “homem do seu tempo”, tudo bem também. Mas, assuma seu lado racista.  Assuma que quem é fã de carteirinha e defensor de  Lobato (com o papo de “o homem do seu tempo – argumento vazio, pra não dizer vergonhoso) é de um posicionamento sinistro mano.

Ah! Tem quem diga: Mas, não to defendendo Lobato, to defendendo a obra dele ...(blá, blá, blá)
Só não dá pra manter todos esses argumentos e dizer no final desse texto que não é racista e não é eugenista (ideia que Lobato defendia muito bem). Até aqui, você que me lê na intenção de defender o “grande escritor brasileiro” pode até  não saber bem o que está fazendo (eu disse até aqui). Já o autor endeusado pela educação nacional não perdeu tempo. Atividade aí no papo do Sodré:

Monteiro Lobato – escritor infantojuvenil (logo, um educador heterodoxo) de maior sucesso em sua época e depois, para quem era difícil “ser gente no concerto dos povos” com negros africanos criando aqui “problemas terríveis” – dizia em carta ao amigo Godofredo Rangel que “a escrita é um processo indireto de fazer eugenia e, no Brasil, os processos indiretos “work” muito mais eficientemente”.
Lobato era um militante do movimento eugenista. “Processo indireto” é, para ele, o racismo sem doutrina gritada, da cordialidade patronal ao paternalista ( tanto em que seus textos ficcionais se pode encontrar um ambíguo afeto para com os negros) e presente de modo oblíquo nos discursos, que transitaram de fins do século XIX até o terceiro milênio. Esses discursos, que atingem a consciência infantil com toda a carga emocional dos estereótipos, recalcam a importante história da participação de negros e mulatos nas técnicas, artes e letras de elevado alcance simbólico na sociedade brasileira. (SODRÉ. 2012: 134)
Monteiro Lobato, além de ter sido militante do movimento eugenista foi admirador e parceirão do pai da eugenia no Brasil. Tá ná dúvida?
Vê o link:



 Gente, prometo que não vou ficar aqui fazendo texto tendencioso. Mas, a questão que me preocupa e que deveria preocupar toda sociedade brasileira também é que tem gente que defende os atos de Lobato como "a literatura daquele tempo", "um homem de seu tempo", entre vários outros caô. Volto a dizer, antes de ler aqui, dá pra defender fingindo não saber, mas após essas informações deve ficar um pouco mais difícil não exalar racismo ao defender o "nobre" autor.  Vejamos o que o "nobre" homem de qual estamos falando escreveu sobre Machado de Assis:


 A carta está na matéria do link seguinte: 




 Há pessoas que defendem que o autor foi muito importante para o país. Logo, para essas pessoas a  "simpatia" do autor  com a eugenia, branqueamento e seu racismo nas obras não apagam tudo que ele fez para o Brasil. Como podemos conferir na reportagem do próximo link: 




Mas, na moral : “Racismo é racismo, ponto. Temos que combatê-lo”(RAMOS, 2017:73). E, é opondo-se a ele e toda estrutura nacionalmente racializada  que tamô aí! Pra além disso, é estranho ver pessoas defendendo o que o próprio Lobato nunca quis esconder. Esquisto isso! Mas, vamos observar agora trechos de algumas obras :



Eu poderia ter parado aqui na "negra de estimação". Dá pra dizer que isso é sem querer? O que chamamos de estimação na nossa casa? Ou pensemos ainda, dá pra dizer que é só birra de uma boneca sem educação e desbocada falando? Mas, adiante:


"Sinhá" era como uma escravizada deveria se referir a uma branca, "dona" da escravizada. Se a personagem Tia Anastácia não era escrava de D. Benta qual motivo faz com que o autor use a palavra "sinhá" no texto como uma fala da Tia Anastácia? Algo normal da época? 


Deve ter gente pensando que to implicando com um clássico, tipo "quem é esse aí zoando Lobato"?
Mas, continua vendo: 


Sobre esse trecho? Pensa aí! Porque na próxima imagem veremos só mais uma brincadeira da boneca de pano. E foram esses textos que ajudaram e ajudam a formar o imaginário infantil e juvenil através da literatura. 


Bom quem quiser defender, que defenda ! E só pra lembrar que essa discussão não é nova (já dava pra ter parado de passar vergonha  e exalar racismo pelos poros antes). Olha o que se discutia em 2011:


Pois, quem trabalha ou é da família e/ou entende Lobato como clássico da literatura vai continuar defendendo mesmo. Destaco aqui um posicionamento importante para crianças afro-brasileiras.Uma vez que não há professorxs preparadxs para fazer a abordagem de forma crítica. "Obras" como as citadas aqui não devem ser apresentadas. 

Ah! Pra fechar, um exemplo.  Um professor de uma das escolas as quais trabalho colocou uma das obras citadas aqui para serem trabalhadas. O trabalho de conscientização não foi feito por ele. Tive a oportunidade de ler trechos da obra aos estudantes, a turma já havia lido o livro. E somente uma aluna da turma relatou ter sentido que algo não estava bem nos trechos racistas. A aluna é negra. Expor nossas crianças e jovens a esse tipo de material sem conversa sobre e querer assimir o que Lobato sempre assumiu. Pois dizia ele que:  “a escrita é um processo indireto de fazer eugenia e, no Brasil, os processos indiretos “work” muito mais eficientemente”.


ALGUMAS REFERÊNCIAS: 

  RAMOS, Lázaro. Na minha pele. Rio de Janeiro. Editora Objetiva. 2017.

SODRÉ, Muniz. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes. Petrópolis, RJ.
 Vozes. 2012.
LOBATO, Monteiro. O Minotauro. São Paulo. Globo 2010. 






Carlos Carvalho