terça-feira, 31 de agosto de 2021

Apresentação do kit Xavier

Olá, 

Sou Carlos Carvalho, professor, pedagogo, músico e escritor, contador de histórias e autor do livro Xavier. 

Livro Xavier

O livro trata da história de um menino que tem imaginação pra dar e vender e brinca com um objeto fazendo rima e sendo sério, fazendo do mistério brincadeira e da brincadeira mistério. Mas, além do livro temos também o caderno de atividades e o boneco cortar, colar, montar. São materiais que estão sendo lançados em 2021 para complementar pedagogicamente o trabalho com o livro


Caderno de atividades: Brincando com Xavier 


É um material que desenvolve habilidades importantes para a criançada. Pode e deve ser utilizado pela família e educadores para crianças dos 0 aos 8 anos(principalmente) e podendo ser adaptado para idades maiores até os 10 anos. Desde que seja dirigido por um adulto o uso pelas crianças mais novas. 


Boneco cortar, colar, montar. 

Pois, podemos encontrar na etapa da educação infantil da BNCC objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que dialogam com o kit Xavier. Entre eles, "para os bebês(0 a 1 ano e 6 meses)": 

(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).

(EI01EF04) Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.

(EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

(EI01EF07) Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).


Já "para crianças bem pequenas(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)" :


(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).

(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.


(EI02EF09) Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos.


E para "crianças pequenas(dos 4 anos a 5 anos e 11  meses)" o kit Xavier pode contribuir com objetivos como:

(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas.

(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).


O material do kit (livro, caderno de atividades e boneco) também pode ser apresentado no ensino médio, Curso Normal e no ensino superior graduação e pós-graduação de licenciaturas principalmente das áreas de humanas com o objetivo de ser estudado tecnicamente, analisado  e pensando enquanto texto, ilustrações e demais colocações artísticas diante da sociologia, história, filosofia da educação, por exemplo, além de auxiliar como conteúdo de alfabetização e letramento no  ensino fundamental 1. 

Ah! Quer saber mais sobre  o kit Xavier e a BNCC (para o Ensino Fundamental) ou  como levar essa contação de histórias;  conversa com o autor; comprar o livro ou conhecer melhor o material?

Entre em contato com a gente !!!

Ah! Não deixe de se inscrever no canal #musicaeletramento lá no youtube para assistir Xavierzin e ouvir as músicas do projeto Música & Letramento por lá! 

Xavierzin é uma versão em brinquedo do personagem Xavier da literatura, do livro. O boneco de pano dança, canta, toca instrumentos e contribui no desenvolvimento da criançada através dos vídeos do canal #musicaeletramento no youtube.  


Também podem acompanhar o trabalho pelo Instagram ou facebook do Música & Letramento. 



referências :

basenacionalcomum.mec.gov.br


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

PENSAR NAGÔ e(é) Escola de Funk ?

 


O que Sodré pretende com tal trabalho é colocar um pensamento diante de uma dialogia. Um pensamento no qual se pretende a conversa entre diferentes saberes anulando a régua eurocêntrica de saber. Pois, o autor coloca um pensamento africano que a partir principalmente da religiosidade de matriz africana se reterritorializou nas bandas de cá.


Tal saber se coloca elaborando e reelaborando a existência do pensamento nagô diante de objetos concretos e abstratos da cultura. Sobre isso, a língua enquanto objeto abstrato da cultura mantém viva as experiências nagôs não só nos territórios dos povos nagô, mas também nas diásporas diante do processo de colonizacao/desumanização. Porque para Sodré pensar nagô é “o ato de pensar-vivendo(e não viver pensando), isto é, sem intelectualizar ou fazer do pensamento uma esfera cognitiva à parte da vida comum” (SODRÉ, 2017: 94). Pois, já colocado aqui a não dualidade mente/corpo, matéria/ideia. O que muitas vezes eurocentricamente é visto como separado, no pensamento nagô não se separa, mas se une, se completa no complemantar de interpretação e ações da vida cotidiana balisada na ancestralidade. Uma vez que 

Quando consegue, por intermédio de elaborações intelectivas e afirmativas, a tradição negra insere-se historicamente na formação social brasileira para oferecer, em termos éticos ou religiosos, outra cosmovisão da vicissitude civilizatória do escravo e seus descendentes. (SODRÉ. 2017:172)



O desenrolo do Sodré é vasto. Há muitas trocas. Terá gente para concordar em alguns momentos e discordar em outros momentos da leitura! Mas, aqui pra nós a questão é qual é o desenrolado entre o Pensar Nagô e o Escola de Funk? 

Entendemos o funk como uma linguagem. Mais pra frente a gente vai desenrolando isso melhor. Sendo breve, o que esta sendo chamado pelo Sodré de pensamento nagô atravessou tempos por uma essência de comunicação de toques de tambor e palavras, entre outras subjetividades e objetos culturais que compõe a linguagem. E se a língua, a palavra é espírito de um povo que ainda atualmente existe e resiste à colonização das mentes em seus modos de vida, a música é forma de comunicação ancestral diante de uma cultura histórica capaz de manter a essência dos modos de existir diante da ideia de humano nagô. Pegou a visão? 

É desenrolado que segue!