sexta-feira, 17 de junho de 2011

APRENDIZAGEM E A CHEGADA DA ADOLESCÊNCIA.



Içami Tiba,  em um trecho de seu livro Ensinar Aprendendo, aborda a temática do despreparo do profissional docente frente às mudanças físicas e psicológicas dos jovens que estão chegando à adolescência, iniciando a puberdade. Não é uma abordagem fácil se tratando de educação brasileira onde, além da “Síndrome da Quinta Série” e “Rebeldia da Sétima”(no sentido do autor), o jovem vem de um primeiro segmento do ensino fundamental com heranças da aprovação automática que ainda assombra o município do Rio. E, além disso, muitas crianças têm a base familiar descomprometida em relação à educação dos pequenos.

Consoante afirma o autor, meninos e meninas vivenciam de diferentes formas tal acontecimento. Para elas, o amadurecimento chega mais cedo - por volta dos nove, dez anos -  e o sofrimento das mudanças é transformado em sintomas físicos. Já eles, continuam sendo “meninos”, crianças por mais um tempo e podem apresentar sintomas como distração, desorganização e falta de concentração. Ambos apresentam os sintomas no início do processo que Içami Tiba nomeou de “Síndrome da Quinta Série” (com já citado acima).

Então, um “garoto” de 13 anos estará “vivendo o máximo da testosterona com o mínimo de capacidade para administrá-la”. Por isso, o jovem tende a desrespeitar (na visão do professor) as regras dentro do ambiente de aprendizagem. Porém, o que acontece é uma defesa de um ser fragilizado (lembrando que “a defesa mais primitiva da psique é dizer não”), sem condições psicológicas de compreender o seu próprio problema.  

Diferente dos homens, a rebeldia feminina, além de começar mais cedo, está ligada a união. É o que o autor chama de “Rebeldia Juvenil”. Uma vez que para elas é importante o senso de justiça. Repudiam qualquer atitude injusta em um gesto social, coletivo.

Cabe a nós (profissionais da área) buscar conhecimentos sobre o fato para saber como dirigir situações cujos adolescentes apresentem o referido comportamento que nos faz enxergar os jovens como indisciplinados. Não existem respostas e receitas prontas para enfrentar o problema. Estudos e pesquisas sobre o assunto e, nossa preocupação com o comportamento próprio no trabalho é que norteará as atitudes que julgaremos corretas para cada momento.






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