segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

"Música & Letramento" no Seminário de Educação da Cidade de Belford Roxo 2015


Atendendo um convite da Semest, através da professora Cirlene Aguiar,  no dia 7 de outubro, tive  oportunidade de trocar experiências  com profissionais da rede Municipal de Educação  sobre o “ Música & Letramento”- M&L - em Belford Roxo. Foi uma tarde bem proveitosa onde relatei um pouco de minhas vivências desde 2011 (quando essas ideias de "Música & Letramento" começaram a surgir em minha vida) até os dias atuais.



O bate-papo foi desde temas como Identidade, Racismo, Higiene até chegarmos ao Meio Ambiente. Com gêneros musicais distintos como Rap, Funk, Samba e MPB, fui mostrando um pouco das composições e do meu caminho trilhado até então.

Frisei o que aprendi desde o início do processo:

Se é pra eles...

Deve vir deles!

Destacando o quanto tem sido importante a participação ativa dos estudantes nas atividades, nos encontros do projeto.  No dia seguinte (8/10) ao seminário, por exemplo, a prática continuou com uma forma um pouco mais envolvente de contar e cantar histórias.



Após o encontro do dia 7/10, pude refletir ainda mais sobre o  “Música & Letramento”.  E, por hora, seguimos na busca de uma definição. Será uma Tecnologia Social/Educacional? Uma forma diferente de ensinar/aprender? Um método de ensino?


Não sei o que é. Mas, tenho sim o retorno carinhoso de muitos profissionais educadores e principalmente os estudantes dizendo que é bom. E, por isso, sinceramente, pretendo continuar minhas andanças por aí pra ter ainda mais dúvidas, pensando um caminho de educação, uma prática que não afaste a garotada de sua própria cultura. 

Agradeço a toda equipe de educação do Município e todos os profissionais e amigos que fizeram daquela tarde um encontro muito bom com um super bate-papo reflexivo sobre práticas educacionais!!!

Vale destacar também que toda  equipe de profissionais da Escola Municipal Deputado Oswaldo Lima também tem culpa por receber tão bem e por dar tanto espaço  ao “Música & Letramento” – M&L.

Quer saber um pouco mais sobre o "Música & Letramento" e conhecer melhor suas práticas e canções/texto feitos especialmente para o projeto?

Entre em contato com:  carloscarvalhomusica@gmail.com


Trabalhamos diversos temas e trocamos experiências com profissionais de educação e alunos de qualquer ano de escolaridade. Da Educação Infantil ao Ensino Superior.


domingo, 18 de outubro de 2015

O PROJETO DIDÁTICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A postagem de agora revela um pouquinho de minhas reflexões sobre o tema. Abaixo temos uma definição de Projeto Didático e adiante pensamentos meus cujos permeiam minhas ações pelos mais diversos lugares que passo. Reflete também minhas trocas de ideias com estudantes e docentes que vou encontrando por esses caminhos.



        
Projeto didático é um tipo de organização e planejamento do tempo e dos conteúdos que envolve uma situação- problema. Seu objetivo é articular propósitos didáticos (o que os alunos devem aprender) e propósitos sociais (o trabalho tem um produto final, como um livro ou uma exposição, que vai ser apreciado por alguém). Além de dar um sentido mais amplo às práticas escolares, o projeto evita a fragmentação dos conteúdos e torna a garotada corresponsável pela própria aprendizagem.

É bem verdade que um bom projeto didático pode dar conta de trabalhar com grupos multisseriados diante da transversalidade. Pois, a partir da definição de Projeto Didático citada acima, acessada no site da revista abril, e de acordo com o texto da página 12 do caderno 6 do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC 2013, temos boa base para chegarmos a compreensão do quão se faz necessário tal tipo de trabalho na vida dos educandos. Trabalhos estes que devem, acima de tudo(por minha parte) considerar a cultura e o desenvolvimento local para serem realizados.


Portanto, seja por meio da música (como acontece muitas vezes no projeto Música & Letramento), da poesia, das artes plásticas ou cênicas, através das mais variadas manifestações artísticas que qualquer temática discutida com o grupo pode ser colocada em prática como processo e/ou produto final, culminância do mesmo.

Devemos de fato crer que um bom projeto que articule bem arte, letramento, cultura local e transversalidade, estará indo de encontro ao sucesso da práxis. Isso é, da relação ensino/aprendizagem. Vale ainda, o destaque que um projeto cuja construção da temática e das metodologias de aprendizagens acontecem de forma dialógica entre os principais atores, discentes/docentes, muito provavelmente, conseguirá alcançar resultados significativos para a aprendizagem desses atores.

Com tudo, consiste em bons meios, caminhos a serem trilhados objetivando o sucesso dos processos de alfabetização e letramento. Uma vez que tais processos, acredita-se,  em muitos momentos, são indissociáveis. Assim como devem estar indissociáveis a cultura, a realidade local da comunidade escolar.


Site consultado: <revistaescola.abril.com.br>, acesso em 18/10/2015.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-626646.shtml



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

"Escola de Funk" faz a banda passar em Bangu !

No dia 23 de agosto de 2012, a banda composta pelos estudantes de 5º ano do CIEP Maestrina Chiquinha Gonzaga, BE Bangu, se apresentou para a comunidade escolar. O surgimento da banda é fruto de um trabalho do gestor de projetos do BE Acari, Carlos Carvalho, que trabalhou com os estudantes a atividade conhecida como Escola de Funk. 


 Professor Carlos e os estudantes de percussão.

A ideia surgiu através de uma reunião com a professora Elisabeth Maia, responsável pelos alunos da turma 1501. A turma está trabalhando em sala de aula a música “A banda”, do compositor Chico Buarque de Holanda, que já foi trabalhada durante a apresentação teatral “O jovem Guri”. Mas dessa vez a proposta é apresentar aos estudantes a possibilidade de conhecer a origem e história do funk, ritmo musical presente na realidade destes estudantes.

O Coral ensaiando!



Os estudantes aprenderam a tocar instrumentos de percussão, criados e produzidos pelos mesmos, com materiais recicláveis que os próprios conseguiram na comunidade. Na primeira aula os alunos foram divididos em dois grupos, o grupo responsável pela percussão e o grupo que cantou a letra do funk, ao som da batida adaptada. O maestro Carlos Carvalho, começou a ministrar sua atividade contando um pouco da história dos instrumentos de percussão e ensinando a marcação básica para o desenvolvimento de qualquer música.

Em apenas três horas, “A banda” estava formada e o material produzido, precisou apenas de alguns detalhes para a apresentação. Durante toda a semana os estudantes ensaiaram a música.


 A banda passando...


Os estudantes apresentaram para os responsáveis os trabalhos realizados pelos alunos de todas as turmas. A banda contagiou a plateia, com a batida contagiante e a beleza da letra. A coordenadora pedagógica do CIEP se emocionou com a dedicação dos estudantes e agradeceu o  trabalho realizado com a turma.


“E não somente o homem sério, o faroleiro, a namorada, mas todo o CIEP esperou e se alegrou ao ver A banda passar...”



Obs: O texto é do amigo Leonardo Antunes.

Unidade de Ensino em Coelho Neto recebe o “Escola de Funk”

Olá amigos!

A matéria de blog abaixo foi postada no dia 30 de junho de 2012, no blog bairroeducador.blogspot.com.

É mais um trabalho de Música & Letramento desenvolvido.


Os estudantes do 4º ano da Escola Municipal Virgílio Francisco Monteiro, BE Coelho Neto, no final do mês de junho participaram do projeto Escola de Funk (atividade que visa ampliar o conhecimento do estudante, respeitando sua cultura local como ponto inicial), idealizado pelo gestor de projetos do Bairro Educador, Carlos Carvalho.


GP Carlos anotando as ideias sugeridas pelos estudantes

O projeto aconteceu em três encontros, e trabalhou com a temática de sustentabilidade. No primeiro, foi realizada uma roda de conversa mediada pelo GP Carlos Carvalho, que trouxe reflexões sobre os “três eres da sustentabilidade”, a história do funk e como a música poderia contribuir passando uma boa mensagem. Os estudantes participaram ainda de uma oficina de rima, entendendo como a rima é formada e produziram textos rimados sobre o tema da sustentabilidade.


Materiais reutilizados como instrumentos de percussão

No segundo encontro, foi trabalhada a questão do ritmo e as bases das batidas do funk e do hip-hop. Em seguida houve a confecção de instrumentos musicais, produzidos a partir de materiais recicláveis. Logo, as crianças perceberam a importância da reutilização de materiais como latas de leite, caixas de sabão em pó e garrafas pet, ao utilizarem no fim do encontro seus próprios instrumentos musicais.


Dança dos alunos no ritmo do MC V do rap

No último encontro, os estudantes pararam para pensar em sustentabilidade diante da música recebendo a visita do parceiro do Bairro Educador MC V do Rap (Vinícius Rodrigues). Além disso, foi realizado um concurso de passinhos ao som da percussão corporal e dos versos do MC V. Um dos estudantes da escola, MC André, compôs um rap que falava da temática da sustentabilidade: “Consciência do Mundão” e fez todos os estudantes refletirem a respeito do tema.



MC André, aluno da escola e compositor do RAP "Consciência do Mundão"

O Bairro Educador agradece e parabeniza a parceria e receptividade da unidade escolar diante com o Bairro Educador e o parceiro MC V do Rap.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

NEGROS BRASILEIROS!

Hoje é dia de África!
Vamos misturar essa gente!
Às vezes pode até não parecer...
Porém, já não existem mais correntes!



Ao refletirmos a problemática do racismo em nosso país precisamos pensar em equidade para chegarmos ao conceito de igualdade apropriado. Na letra de "Negros Brasileiros" a lei educacional 10.639/03 (lei que obriga escolas a trabalhar a temática em questão, valorizando nossos antepassados e mostrando o outro lado de uma história insistentemente contada por décadas pela ótica do opressor) aparece como o ponto de partida de um questionamento importantíssimo à formação de nossas identidades.



Carlos Negro Carvalho

quinta-feira, 9 de julho de 2015

SAMBA A HISTÓRIA DE DUQUE DE CAXIAS – 2007 – G.R.E.S. GRANDE RIO - Comentado!


A mão-de-obra escrava negra,  datando em meados do século XVI o primeiro carregamento de negros que chegou em terras fluminenses. Três séculos depois, o samba é uma herança vinda de tambores africanos misturados com outros gêneros musicais do final do sèc. XIX e início do XX.
Bom de bola Bom de samba, paixão
Milton Perácio é fundador de blocos carnavalescos de Caxias e um dos fundadores da GRES Grande Rio, em 1971, que fica no 1º Distrito – Duque de Caxias.
Com
Perácio aprendi A sambar de pé no chão
Sambista que passou parte da vida e tem projetos  em Xerém – 4º Distrito da Cidade.
E com
Zeca Pagodinho Deixo a vida me levar
Eu me chamo Grande Rio E qualquer dia chego lá
Vou falar da minha terra, ô ô Minha fonte de riqueza (reduc)
A história do município tem seu início no sèc. XVI  com a entrega das sesmarias por Portugal. Nome de referência da época é Braz Cubas, fazendeiro.
Vou abrir meu coração
E a história do meu chão, vou cantar
Referência ao plantio da laranja no  final do século XIX. As laranjas eram levadas de trem para outras cidades.
Ai, que terra boa de plantar!  Povo bom de trabalhar.
Valente, guerreiro  Que capinou, ô ô, foi carvoeiro
Comerciantes do distrito de Caxias na década de 1930 fundam a União Popular Caxiense nos anos 1930.
Construiu um município cem por cento brasileiro
Fábrica Nacional de Motores – final dos anos 1930 - (FNM) A  FêNêMê foi um acordo entre Brasil e EUA durante a segunda guerra. Fabricou-se por lá motores aeronáuticos, caminhões e carros. A fábrica passou por vários donos e acordos até fechar de vez suas portas em 1981 pertencendo a FIAT.
Depois fabricou motor de avião
E criou um sindicato, Modelo de trabalho e união
Quando o Rio de Janeiro era capital
Imigrantes estrangeiros vieram pra cá
A emancipação do município data de 1943 com Homero Lara como primeiro governante (interventor).
E o sonho caxiense se realizou Foi preciso emancipar pra melhorar
Gastão Glicério de Gouvea foi o primeiro prefeito eleito por voto (1947-1950).
Foram leis, foram decretos Mas a mão do povo prevaleceu
José luiz Machado em homenagem ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva(Duque de Caxias) teve a iniciativa de mudar a placa da Estação Meriti para Caxias.
E na velha estação, Um adeus a Meriti, Caxias nasceu
Tenório Cavalcante, o homem da capa preta, (que vem do nordeste nos anos 1920) e sua “Lurdinha”(como era chamada sua metralhadora). Foi político local nos anos 1950. Consoante assistido no filme, Tenório é reconhecido como um homem do povo por muito tempo na localidade. O primo de Tenòrio, Joaquim foi prefeito e vereador na cidade.
O Homem da Capa Preta O rei da Baixada Seu o jornal  “Luta Democrática” lançado em 1954 era de forte cunho sensacionalista.  
Ajudava o nordestino Amigo da criançada
Igreja do Pilar, referência da Freguesia do Pilar  no séc. XXVIII, que se encontrava às margens do rio Pilar(antigo Morabahy).
Salve a Igreja do Pilar Nossa crença, nossa fé
Um líder religioso muito conhecido na região. Sua instituição religiosa deixa de ser terreiro e atuamente é o Centro Cultural  Afro-Brasileiro Joãozinho da Gomeia.
Joazinho da Golméia Foi o rei do candomblé
Quero brincar à vontade.
Lembrar com saudade a
minha raiz

A região pantanosa e sem saneamento nos anos  1920 era ocupada por muitos imigrantes nordestinos.
Cair na folia, no
grupo de congo
Quadrilha e calango eu vou dançar feliz

Complexo da REDUC – Refinaria de Duque de Caxias – começa a funcionar no início dos anos 1960 e vira grande símbolo de desenvolvimento da cidade. Com a chegada de outras empresas nas proximidades da REDUC – 2º distrito Campos Elíseos -  a região fica conhecida como polo petroquímico de Duque de Caxias.  
Na minha refinaria Tem combustível para exportação
Eu sou de Caxias, sou pura energia Suficiente pra alegrar seu coração


domingo, 21 de junho de 2015

A PERCUSSÃO DO BLOCO APAFUNK

Beleza galera?

A partir desses vídeos vamos entender um pouco como funciona a organização da batida funk com instrumentos de percussão oriundos das escolas de samba cariocas.


Técnicas do chocalho (modelo rocar). O primeiro toque mostrado é um toque adaptado de frevo. Na sequência o toque do samba. O terceiro ritmo tocado chamado de funk 1 é o que os novos blocos utilizam como marchinha.


Falando do tamborim, está sendo apresentado exercícios para chegar no toque conhecido como carreteiro. Seguindo um toque específico para a levada que chamamos de funk 1. Fechando a sequência com a variação do funk, tocando 2 e 4.


Nas baterias de escolas de sambas e blocos encontraremos essa figura como surdo de terceira ou surdo de corte. A primeira levada tocada é do ritmo que chamamos de batidão. Partindo para o maculelê. E, depois, o samba que foi tocado com alguns cortes( por isso o nome do instrumento).



Já para o agogô o primeiro toque feito é uma variação (que o grupo acabou de criar) para o que chamamos de funk 1. Logo depois, o toque do funk 1, seguido dos breques 1 e 2. Daí partimos para o maculelê. E por fim, dois toques de samba.


Funk 1 iniciando ai os exercícios para o surdo de marcação, passando para o samba, maculelê e terminando com o batidão.


A caixa inicia com um básico toque para funk 1. Depois passa para a levada mais completa. Na variação a levada deixa de conduzir e marca os tempos 2 e 4. Depois disso, a levada do maculelê que no bloco Apafunk também é usada no samba.



Com o repique iniciamos os estudos com o funk1, seguido de variação e corte. Logo depois alguns exercício de samba. 

Bons estudos!




CÉLESTIN FREINET, breve estudo.

Francês, soldado participante da primeira guerra mundial, estudante dos ideais da Escola Nova, educador popular, filiado ao partido comunista...

Esse é Célestin Freinet! Bons estudos!

Diante da perspectiva de Freinet, a cooperação seria fundamental. Suas propostas pedagógicas baseavam-se em pesquisas, investigações das formas de pensar e da construção de conhecimento de seus educandos.

Considerava a proposta da educação escolar daquele tempo separada da vida e entendia que uma boa interação discente/docente era primordial para o sucesso da prática educativa. Iniciando a carreira em 1920, defendia a ideia de que o professor que não considerava o conhecimento prévio do estudante, não entrando em contato com a realidade do mesmo não teria capacidade de atualizar sua prática.

Atividades e técnicas educacionais como: troca de correspondência, livro da vida, plano de trabalho, trabalhos em grupos, autocorreção, aula-passeio, jornal escolar, entre outras tão atuais, são práticas feitas e defendidas por Freinet desde o século XX. Além disso, a preocupação com a vida social de educador e educando também é marca de seus ideais. Pois, para ele, que buscava formas alternativas de ensinar por não se adaptar ao formato tradicional, o professor deveria participar/criar associações, eleições, os conselhos e tudo mais que viesse ao encontro de um movimento pedagógico em defesa de respeito, cooperação social, fraternidade.


Sendo assim, por Freinet, não bastava o docente desejar uma educação libertadora. Mais, deveria também, buscar causas e efeitos contra a prática, cujos não permitissem a realização de tal perspectiva educacional.



quarta-feira, 13 de maio de 2015

O LEÃO E O CAMUNDONGO – Música & Letramento

O músico e pedagogo, professor responsável pelas atividades de sala de leitura do turno da tarde, na Escola Municipal Deputado Oswaldo Lima (município de Belford Roxo), Carlos Carvalho  cantou e contou hoje(12/05/15), com o auxilio de professoras e crianças da pré-escola uma história baseada no livro “O Leão e o Camundongo” (Jerry Pinkney, 2011).



Carlos se baseou em estudos de livros como “Brincar e Pensar com crianças de 3 e 4 anos” de Angélica Satiro  e “Jogo e a Educação da Infância, muito prazer em aprender” dos autores Aline Sommerhalder e Fernando Donizete Alves. Pois, para Aline e Fernando, por exemplo,  “Brincar, jogar, brinquedo. Essas palavras têm um sentido bem conhecido de todos nós, especialmente quando crianças. Elas representam a possibilidade de imaginarmos ser quem não somos, de estarmos em lugares e planetas diferentes(...)”.



Já a escritora Angêlica destaca “ Habilidades Perceptivas: Observar, escutar atentamente, saborear, cheirar, tocar, perceber movimentos(cinestesia)(...)” . E, diante das bases teóricas é possível fazer uma reflexão sobre as formas de abordagens na contação de história.



Logo o brincar, o imaginário, o observar, o ser quem não é, o estar onde não está, o escutar atentamente, transformam a história através da participação ativa das crianças que deixam de ser simplesmente expectadoras assumindo papeis de músicos, atores, redatores, sonoplastas de assinantes do espetáculo.




Carlos acredita que com a participação das crianças a fantasia, a brincadeira, a história se completa. Pois quando sai da plateia um grito como “O LEÃO GOSTA DE COMER RATINHOOOO!” o expectador percebe que também pode ser autor. E quando o narrador está atento e não deixa a fala passar despercebida, valoriza mais a participação da galerinha.




O professor Carlos Carvalho e a Escola Municipal Deputado Oswaldo Lima parabenizam e agradecem a participação de todas as crianças e das professoras Isabely, Lorena, Verônica e Bianca.



Referências Bibliográficas:
SATIRO, Angélica. Brincar e Pensar com crianças de 3 a 4 anos. Atica, 2012.

SOMMERHALDER, Aline. ALVES, Fernando Donizete. Jogo e a Educação da Infância, muito prazer em aprender. CRV, 2011.

PINKNEY, Jerry. O leão e o Camundongo. São Paulo. WMF, 2011.

  

domingo, 3 de maio de 2015

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA - Breve estudo


 A primeira é socialização – preparar o indivíduo para a vida em sociedade baseado nas ideias de Emile Durkheim. Outra  função, a cultural, consiste em passar aos indivíduos tudo aquilo que pode ser ensinado. Convém lembrarmos que tal função não é desempenhada somente por instituição formal de educação. Instituições não formais como igreja e família (primeiro contato social do indivíduo) também  desenvolvem.   E a sociedade do capital dita a função seletiva da escola. Separando os estudantes em grupos com bons rendimento e grupos sem rendimento escolar, deixando  a escola assumir seu papel de reprodutivista social. Nesse sentido, a instituição de ensino carrega  desigualdade e  injustiça social para dentro de si. Assumindo seu caráter antidemocrático, objetivando a formação do cidadão dócil, operário. 

Logo a escola está diante da dualidade, da contradição, vivendo seu desafio. A contradição e o desafio da escola:

Primeiramente, a escola atual tem por ideologia transformar, emancipar, libertar. Ela  quer o educando com autonomia e liberdade para exercer a prática política. Encontramos  tais propostas nas Diretrizes Curriculares da Educação . Mas a mesma escola  tem a função de produzir a mão-de-obra, o trabalhador submisso, seguindo as regras ditadas pelo capital.

O dualismo escolar:  Espaço x ambiente

Onde o espaço/local é de transmissão de conteúdos, o  espaço tradicional, o local disciplinador. Já a escola como ambiente consiste no espaço de transformação do indivíduo promovendo experiências para criação de rupturas pois “a educação é uma atividade onde professores e alunos mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conteúdo da aprendizagem, atingem um nível de consciência dessa mesma realidade, a fim de nela atuarem, num sentido de transformação social”. (LIBÂNEO, 1985:33). Tal ambiente tem participação democrática, permitindo a diversidade e incluindo a comunidade.

Função compensatória da escola – Sozinha, a escola não é capaz de eliminar a injustiça e a desigualdade social. Todavia, pode compensar as dificuldades individuais, uma vez que ela ofereça educação de qualidade – para equidade. Tratando diferente o desigual para que ele se torne igual. Seguindo sempre a lógica da diversidade.

Reconstrução do Conhecimento e da experiência – diante desse ponto de vista a escola trabalha para que o educando transforme, renove o seu pensar e agir. Transformando o ser acrítico em crítico, dependente em autônomo, sendo eles – escola-discente-docente -  mediadores da relação aluno-conhecimento- realidade social.


Fontes e referências:

ALMEIDA, Vinícius Reccanello. Função da Escola. Disponível no site <https://www.youtube.com/watch?v=7Vsb6LT6MPw> . Acesso em 2/5/2015.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. A Pedagogia Critico Social dos Conteúdos. Disponível no site:   <http://pt.scribd.com/doc/6641625/>. Acesso em 2/5/2015.





 Professor Carlos Carvalho

terça-feira, 21 de abril de 2015

MÚSICA & LETRAMENTO - "Escola de Funk" para professores!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Projeto “Escola de Funk”

No último dia 30 de abril, foi realizada pelo Bairro Educador uma oficina com os professores do CIEP Antonio Candeia Filho (BE Acari) sobre música e letramento.  Diante dos desafios enfrentados pelo processo de alfabetização, a música pode ser uma grande aliada para professores e alunos, dentro e fora de sala de aula. E foi apostando nessa ideia que todos se reuniram para descobrir como o funk pode ajudar no letramento.

As professoras Célia Lopes, Anita, Kelly, Helena, Sharlene, Carol, Lidiane, Débora e Meire ouviam as explicações do Gestor de Projetos do Bairro Educador
As professoras mostraram muito interesse em participar da oficina, pois poderão usar os conhecimentos musicais em sala de aula, e assim diversificar as formas de aprender e ensinar. Além disso, a música como ferramenta de alfabetização também dialoga com a proposta pedagógica do CIEP que leva o nome do ilustre sambista Mestre Candeia. Este ano, a escola pretende usar as mídias como forma de explorar e ampliar o conhecimento dos alunos.
A oficina com as professora do 1º segmento se baseou no Funk como elemento da cultura local, que pode e deve ser encarado de maneira ampla, sem preconceitos ou rótulos negativos. O eixo de discussão foi: como partir da realidade do educando para despertar o interesse pela aprendizagem? Outra contribuição importante do funk, neste contexto, é desmistificar este gênero musical, conhecendo suas origens e descobrindo as diversas possibilidades de exploração em prol da aprendizagem.  


A oficina aconteceu na parte da manhã e começou com uma análise da letra do rap: “Não Me Bate Doutor”, dos Mc’s  Cidinho e Doca, que provocou uma reflexão sobre o olhar e a vida do funkeiro e morador de comunidade, diante da mídia e da sociedade. Dando continuidade ao encontro, foi feita também a análise sobre a batida do funk, assim como a história de origem. Por fim, chegou o momento de confecção de instrumentos e da prática musical.

Os professores puderam ter a experiência de tocar o ritmo funk com instrumentos nada convencionais como lixeira de madeira, latinhas, potes plásticos e até chocalhos, confeccionados com rolo de papel toalha.

A equipe do Bairro Educador agradece ao CIEP Antonio Candeia Filho (direção, coordenação pedagógica e professores), que apoiaram a ideia e “vestiram a camisa”, ou melhor, “caíram no funk”, embalados pelo desejo de buscar sempre novas alternativas e instrumentos que ajudem no processo de ensino-aprendizagem.

ESCOLA DE FUNK - "MÚSICA & LETRAMENTO" - Primeira experiência!

Os primeiros passos e ideias sobe música e letramento nascem a partir do projeto, processo Escola de Funk. E este, surge da observação do comportamento dos estudantes e das respostas de profissionais de educação no cotidiano do ambiente escolar. Isso marca também meus primeiros momentos de pesquisador no ano de 2011 em uma escola da rede municipal do Rio de Janeiro.

Percebi que os estudantes andavam gingando (dançando uma música imaginária por muitas vezes). Também cantavam a batida do tambor de maculelê e letras de funk. As crianças eram quase sempre interrompidas e sendo vistas como bagunceiras. Assim como acontecia comigo no meado dos anos 1990. Naquele momento comecei a reflexão sobre como somar para o estudo daquele grupo em relação ao funk e como eles eram vistos na escola. Solicitei a gestão da escola um tempo por aquele grupo. No primeiro encontro com a turma, fizemos uma conversa sobre o funk, o que o grupo pensava. Fiz a proposta de estudarmos o funk, a história, o ritmo, a dança, o pensamento, a criação de textos, composição...
Nascia ali o Escola de Funk. O ano era 2011. 

Os estudantes no palco do Teatro Miguel Falabella.


Existia ali uma energia que me animava e, ao mesmo tempo,  intrigava, inquietava muito. Pois era o funk dentro da escola. Aquele que por muitas vezes meus professores diziam para que eu não cantasse, desvalorizavam aquele saber, aquela vivência. Ali, pela primeira vez, eu estava diante da oportunidade de fazer o diferente do que a maioria de meus professores fizeram comigo. E conseguimos. Tanto que depois de algumas oficinas de ritmo, dança e escrita criativa o bonde, a tropa estava formada. No mês de maio o grupo fez a primeira apresentação na escola. Já em julho o grupo foi ao palco do Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping para participar de um Festival de Música para estudantes da Cidade do Rio de Janeiro. O grupo se organizou em compositores, dançarinos, cantores e foi se apresentar conquistando o prêmio de melhor comunicação com o público daquele festival. 

Deixo aqui um verdadeiro agradecimento aos professores, funcionários  alunos e equipe de gestão da Escola Municipal Francisco Frias da Mesquita do ano de 2011.


Então podem conferir o trabalho no blog Rioeduca copiando o endereço abaixo e colando no site de busca.


www.rioeduca.net/blogViews.php?bid=14&id=1169